Depois de 19 anos de sua
primeira visita ao Brasil, Michael Jackson voltou em 1993, para dois shows nos
dias 15 e 17 de outubro no Estádio do Morumbi, em São Paulo, na segunda fase da
“Dangerous World Tour”.
Já coroado e
mundialmente reconhecido com “The King Of Pop”, ostentando sua coroa, aclamado
e aguardado por seus fãs recebendo todas as atenções da imprensa; porém. O seu
brilho estava visivelmente maculado e ele tentava esquivar-se das primeiras
acusações de pedofilia. Mesmo assim, seu magnetismo e carisma parou o país e
ele foi recebido com todas as honras e atenções de maior astro da música
mundial.
No dia 13 de outubro de
1993, o Boeing 727 da Varig, aterrissou no Aeroporto Internacional de
Guarulhos, em São Paulo, vindo de Buenos Aires, Argentina e Michael foi
recebido num tapete vermelho por três crianças que lhe entregaram flores (uma
das crianças era Júnior Lima, da dupla Sandy e Júnior) e em meio a um
verdadeiro tumulto de fãs, curiosos e imprensa em geral.
Segundo a DC-Set, que
trouxe Michael ao Brasil em parceria com Xuxa Produções Artísticas, Michael
chegou acompanhado de amigos e convidados, cujos nomes nunca foram revelados.
Do aeroporto Michael
entrou num furgão de vidro fume e se dirigiu para o Hotel Sheraton Mofarrej,
onde ficou hospedado na suíte presidencial, no 22° andar.
Mais tarde, Michael foi
ao parque de diversões Play Center, coqueluche da época, que abriu suas portas
exclusivamente para receber Michael e seus convidados. Depois que chegou de seu
passeio ao Play Center, subiu para a suíte de onde praticamente não saiu mais.
O movimento na frente do
hotel foi se acalmando gradativamente após sua chegada, até que permaneceram
apenas dez fãs que fizeram vigília madrugada adentro. Enquanto isso, Michael se
divertia nos jogos eletrônicos em companhia de seus amigos.
Seguindo o que estava
previamente previsto, Michael visitou a fábrica de brinquedos Estrela, de onde,
ainda durante a sua permanência na fabrica, dois veículos que aguardaram sua
chegada, saíram abarrotados de brinquedos e dirigiram-se a orfanatos, instituições
de caridade e hospitais da grande São Paulo.
Foi nessa visita que
ocorreu um acidente com uma das vans de sua comitiva, que poderia ter manchado
a passagem do cantor pelo país. Quando deixaram a fábrica, devido a confusão
que se formou e alta velocidade de comitiva desenvolveu, um dos veículos atropelou
dois irmãos, a menina não sofreu ferimento grave, mas o irmão, Márcio Alberto
de Paulo, de 15 anos, quebrou a perna.
Michael acabou quebrando
o protocolo previamente estabelecido, para visitar o garoto no hospital onde
ele chegou rodeado por seguranças e em companhia de mais 3 garotos, posou para
fotos com os médicos e conversou com a equipe plantonista antes de entrar no
quarto. Deu um longo aperto de mão no menino, abraçou a irmã e cumprimentou os
país. Logo depois, Michael pediu que todos saíssem e conversou com a família por
15 minutos.
Durante todo o período de
sua permanência no Brasil, os fãs ficaram em frente ao hotel para tentar ver
Michael. Ninguém conseguiu vê-lo durante sua estadia no hotel e por nenhum
momento mais, além da visita ao garoto acidentado, Michael Jackson quebrou o
protocolo, causando muita frustração em seus fãs.
Os produtores fizeram
sigilo absoluto sobre as exigências contratuais expostas nas 82 páginas do
contrato. Os equipamentos e exigências de Michael ocuparam dois aviões ANTOPOV –
de fabricação soviética – outro avião 727 que transportou os músicos e
produtores que trabalhavam na realização dos concertos.
Segundo os produtores,
os equipamentos utilizados no show tinham geradores com capacidade de iluminar
uma cidade do porte de Brasília. Os dois concertos realizados aqui no Brasil
reuniram 100 mil pessoas cada um, que é capacidade total do Estádio do Morumbi.
A superprodução contou
com fogos de artifícios, canhões de luz a laser, além de tela gigante de
cristal liquido que era novidade na época.
Vale lembrar que em sua
segunda fase, o show apresentado na “Dangerous World Tour”, foi menor que em
sua primeira fase, o que somado a clausura de Michael no Hotel, frustou muitos
de seus fãs brasileiros, o que não diminuiu em nada a felicidade daqueles que
tiveram a alegria de pelo menos uma vez ver Michael ao vivo e a cores.
No final de 1993, o show
foi exibido pela rede globo de televisão, como um dos seus especiais de final
do ano, atingindo níveis altíssimos de audiência.
FONTE: Todos os direitos
do texto reservados ao blog TUDO EM TEU NOME.
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